Havia rua de terra, fruta no pé...
balança de corda na arvore,
bolinha de gude, pião, amarelinha...
Havia canto de pássaros, galinhas no quintal,
cheiro de chuva, terra molhada,
café com pão, sopa de feijão...
Havia ingenuidade e inocência,
segredos, mistérios e medos,
as noites mais escuras, cheia de estrelas...
Não precisávamos apertar botões
para brincar, nada era eletrônico,
tudo era real.
No meu tempo criança sabia ser criança.
SP-23/03/2004
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As imagens desse vídeo fazem parte das minhas lembranças. Eu acordava com o cantar do galo, mas sempre ficava mais um pouquinho mais na cama, até minha tia me chamar para o café da manhã. E como era gostoso aquele café! Com bastante nata! Era mais nata do que leite. Eu também adorava nata no pão! Nata pura, não a nata de hoje, industrializada. Era aquela nata retirada da leiteira depois que o leite fervia e esfriava. Ficava grossa, espessa. Quando o leite era reaquecido, um pouco da nata era separa para o meu café. As vezes eu colocava mel, também.
Eu gostava de "bater" a nata para fazer manteiga. Pra mim era uma brincadeira...
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