Lembro das rodas de chimarrão que reuniam os meus tios, tias, primas, vizinhos e demais parsntes, em volta da carne que ficava assando...
Era o momento de contarem piadas e os "casos" mais intrigantes. Cada um tinha uma história .
Era o momento de contarem piadas e os "casos" mais intrigantes. Cada um tinha uma história .
Imagem da Webb |
Uma roda de chimarrão é um momento de descontração, e faz parte de um ritual que une gerações ao longo dos anos. O mate pode ser tomado de três maneiras: solito (isoladamente), parceria (uma companheira ou companheiro) ou em roda (em grupo).
O mate solito faz parte da cultura do homem que não precisa de estímulo maior para matear do que sua própria vontade. Pode-se dizer que é o verdadeiro mateador, ao contrário do mate de parceria, em que a pessoa espera por um ou dois companheiros. É na roda de mate, porém, que esta tradição conquistou seu apogeu, agrupando pessoas em torno de uma mesma ação: chimarraer.
Aos navegantes de primeira viagem, um aviso: nunca peça um mate, por mais vontade que tenha. Poderá sugeri-lo de forma sutil, esperando que lhe ofereçam. Há um respeito mítico nas rodas de mate.
Roda de Chimarrão
Oswaldir e Carlos Magrão
Eu nasci naquelas terras onde o minuano assobia
Cevando a erva pro mate, chimarreando todo dia
Sou gaúcho de verdade na raça e no coração
Gauderiando em outros pagos mesmo assim nas veias trago
O sangue da tradição
O sol levanta cedinho e acorda o meu rincão
E lá vai a gauchada pra roda de chimarrão)
Quando bate uma tristeza, daquelas que a gente chora
Dá uma vontade danada de largar tudo e ir embora
Então eu pego a cordeona e deixo o fole rasgar
Corro os dedos no teclado e num vaneirão largado
Me esqueço até de chorar
Quando penso na querência, vem a saudade baguala
E se acomoda no peito, numa dor que não se iguala
Aí eu preparo o mate e chimarreio à vontade
Me sento à sombra da casa parece que crio asas
Viajando nessa saudade
Terra buena e hospitaleira de um povo alegre e gentil
Sua natureza desenha sol a bandeira do Brasil
Contrasta as neves do inverno, num céu tingido de azul
E os trigais amarelando com as campinas verdejando
O meu Rio Grande do Sul
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