VOTO CONSCIENTE Cheiros do campo nas receitas da vovó: Os porquinhos crescem, morrem e nós os comemos

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7 de junho de 2012

Os porquinhos crescem, morrem e nós os comemos

Meu tio Lindolpho, irmão de minha mãe,  e sua esposa Isa criavam  porcos com o objetivo do aproveitamento da carne.
O abate era feito sempre ao nascer do sol, e eu acordava com os gritos dos porcos. Tentava não ouvir, tapando minha cabeça com as cobertas, mas não adiantava. O som entrava em meus ouvidos, deixando-me angustiada, até dormir novamente. Quando eu levantava ( bem tarde nesses dias),  já estava tudo organizado. As partes separadas para a lingüiça, morcela, os pedaços que seriam vendidos e demais partes, que eu não lembro e também não tenho conhecimento.
Meus tios nunca deixaram que eu visse a morte dos porcos e dos outros animais que comíamos, pois eu gostava dos bichinhos e brincava com eles, desde pequeninos. Eu os via mamar  e acompanhava o crescimento dos animais. Iria saber qual deles foi morto dias depois, quando sentia a ausência.
Meus tios não tinham estudo, mas eram sábios.

Leia o texto abaixo e assista à pegadinha.

A linguiça e o porco

07 de novembro de 2011 às 16:34
Você já assistiu a ‘pegadinha’ feita pelo SBT no último fim de semana de outubro (http://www.sbt.com.br/sbtvideos/media/?id=2c9f94b6332bbfdd01335ad32bc62796 )? , o vídeo apresenta um “conteúdo altamente educativo e (in)formativo”. A maioria dos onívoros ao comer carne não faz ligação entre o produto e o animal, mas ao vê-lo sendo ‘morto’ a situação muda.
Já ouvi em diversas ocasiões pessoas afirmando que não conseguiriam comer uma carne se visse a morte daquele animal. Para elas, existe uma separação do que é consumido e da sua origem. O programa analisado ilustra bem esse fato.
Mesmo não sendo o objetivo do SBT mostrar como funciona a produção de linguiça de suínos ou a reeducar a sociedade, a emissora apresentou o assunto de forma bem criativa. É interessante observar o estilo do programa em que foi veiculado o vídeo e o público a quem ele é destinado. Os programas de auditório têm a finalidade, basicamente, de entreter o público; sua origem remete ao picadeiro dos circos. Entretanto, estes programas, embora não tenham essa finalidade, também informam. As pessoas recebem as informações de maneira mais receptiva nos programas de entretenimento, pois estão se divertindo, relaxando em frente ao televisor (falo detalhadamente sobre os gêneros televisivos na minha monografia que você pode conferir neste link http://josielesouza.blogspot.com/2011/01/tv-e-os-animais-monografia-disponivel.html )
Um simples quadro de programa de auditório conseguiu mostrar, de forma bem humorada, uma realidade muito cruel. Porém, não é possível chegar a conclusão de que quem assistiu o vídeo mudou sua relação com animais. Ainda há muito caminho pela frente. Acredito, entretanto, que esse simples vídeo atingiu muito mais pessoas e repercutiu o tema do que a maioria filmes produzidos para esta finalidade.


Agora, acesse o link e assista ao vídeo:

O título poderia ser:
"Os porquinhos nascem, crescem, nós os matamos e comemos".

►Por que não matamos cão e gato para comer?  Qual a diferença?



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